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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cinco desafios econômicos do novo governo

PT e PSDB parecem ter criado um consenso de que a economia está em uma encruzilhada.

Segundo esconomistas, novo governo deve ter problemas com inflação, investimentos, contas públicas, inclusão e infraestrutura.
Seja quem for o vencedor da votação deste domingo, dia 26, este terá de tomar decisões-chave sobre questões que afetam o seu bolso.
PT e PSDB podem divergir em muitos temas, mas a desaceleração do crescimento parece ter criado um certo consenso de que a economia está em uma encruzilhada.
Como os tucanos costumam enfatizar, a expectativa oficial é que o país cresça só 0,9% este ano e analistas do mercado são ainda mais pessimistas, estimando uma expansão de menos de 0,3%.
Por outro lado, como ressaltam os petistas, o desemprego tem se mantido em patamares historicamente baixos, o que tem evitado que a população seja duramente afetada — embora não esteja claro por quanto tempo esse cenário positivo no mercado de trabalho pode ser mantido sem uma retomada.
Economistas de diversas linhas teóricas concordam que impulsionar a economia depende tanto de uma agenda de curto prazo, que inclui o controle da inflação e ajuste das contas públicas, quanto de uma de longo prazo, ligada a reformas estruturais.
Confira abaixo os cinco desafios que, na opinião deles, o novo governo deve enfrentar na área econômica:
Inflação
Boa parte dos brasileiros já sente o peso da alta de preços no bolso e caberá ao próximo governo evitar um descontrole nessa área.
Aécio Neves, do PSDB, diz que perseguirá uma meta de 3% de inflação e a presidente Dilma Rousseff, do PT, garante que será "duríssima" contra o problema.
Espera-se que a alta de preços deste ano fique próxima do teto da meta do Banco Central — de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
Para muitos economistas, porém, a meta só será alcançada com o adiamento dos reajustes de preços administrados (definidos ou influenciados por órgãos públicos).
"Em 2015, será difícil evitar a recomposição de alguns desses preços, o que deve ser um desafio a mais no controle da inflação", diz o conselheiro senior e ex-vice presidente do Banco Mundial Otaviano Canuto.
Entre os que podem subir estão o preço da energia, as tarifas de ônibus e combustíveis.
Canuto explica que, em 2015, uma possível desvalorização do real também pode ter um impacto inflacionário adicional (em função da alta dos importados).
"Caberá a nova gestão achar uma solução para a questão da inflação, que até pode ser via política monetária. Mas, como os juros já estão relativamente elevados, o ideal seria que se tentasse uma política fiscal mais retraída", opina.

Dólar fecha em R$ 2,51 e tem maior alta desde 2005 com eleições

Cotação subiu 1,35% com expectativa de Dilma Rousseff estar a frente nas pesquisas.

Mercado é crítico a intervencionismo do governo na economia.
A cotação do dólar teve alta de 1,35% no pregão desta quinta-feira (23) e fechou em R$ 2,5137. O preço no pregão, segundo a agência de notícias Reuters, é o maior registrado desde 29 de abril de 2005, quando ficou em R$ 2,528.
O resultado ocorre após expectativas de que Dilma Rousseff (PT) poderia aparecer à frente de Aécio Neves (PSDB) nas próximas pesquisas eleitorais, a poucos dias do segundo turno da disputa à Presidência.
O mercado financeiro é crítico à política econômica do governo que interferia demais na economia e faria pouco esforço para cumprir metas como o superávit primário(economia do governo para dívidas de títulos públicos a bancos, por exemplo).
Logo após o fechamento, pesquisas do Datafolha e do Ibope confirmaram as expectativas dos investidores e mostraram Dilma na liderança contra o tucano, fora da margem de erro.
Para o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano, o mercado tem dificuldade para fazer apostas quando a eleição.

— Não sabe para onde atirar agora nesses últimos dias antes das eleições.

A retirada de dólares investidos no Brasil para o exterior faz com que o seu preço caia no País.

As especulações aumentaram o volume de negócios num mercado que tem sofrido com pouca liquidez nas últimas sessões, em meio à cautela eleitoral.

Neste pregão, foram negociados 390 mil contratos de dólar para o mês seguinte, acima da média de outubro. Em comparação, nesta semana até quarta-feira (21) a média diária havia ficado em cerca de 270 mil contratos.
Para o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold, o mercado estaria mudando o modo como especula (faz apostas para ganhar dinheiro).
— Parece que o mercado está alternando entre o modo de especulação, quando o mercado enche, e o modo de prudência, quando o mercado esvazia.
Analistas vêm apontando que o dólar tem enfrentado dificuldade para se sustentar em níveis acima de R$ 2,50, patamar considerado mais alinhado às condições atuais das economias internacional e doméstica.

Câmbio
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 300 contratos para 1º de junho e 3,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a R$ 491 milhões (US$ 196,5 milhões).
O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 76 por cento do lote total, equivalente a R$ 22,1 bilhões (US$ 8,84 bilhões).

Desemprego tem a menor taxa para setembro desde 2002, diz IBGE

Índice passou de 5% em agosto, para 4,9% no mês seguinte. Salário médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.067,10.



Em %
11,51310,99,71097,77,76,265,45,44,92005201002,557,51012,515
Fonte: IBGE
A taxa de desemprego caiu em setembro para 4,9% no conjunto das seis regiões metropolitanas, depois de marcar 5% no mês anterior.  O índice é o menor para meses de setembro desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2002. No mesmo período do ano passado, o desemprego ficou em 5,4%. 
A quantidade de pessoas desocupadas chegou a 1,2 milhão e mostrou estabilidade na comparação com agosto. Já frente a setembro do ano passado, foi registrada queda de 10,9%. Quanto à população ocupada, que bateu 23,1 milhões, não houve variação nem em relação ao mês anterior nem diante de setembro de 2013.
“Ao longo de 2014, as comparações anuais [comparação entre os meses do ano anterior] mostram que você tem redução da procura, aumento da inatividade. E essa redução da procura de fato acaba diminuindo a taxa. A taxa cai porque menos pessoas buscam a posição no mercado. Você não vê redução significativa de postos, mas não observa formações significativas de postos. A população ocupada não vem se movimentando”, disse Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Rendimento e Emprego do IBGE.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado atingiu 11,7 milhões, ficando estável em ambas comparações.
  •  
RENDIMENTO MÉDIO DOS TRABALHADORES (em R$)
Empregados com carteira no setor privado
1.886,00
Empregados sem carteira no setor privado
1.437,70
Militares e funcionários públicos
3.596,60
Pessoas que trabalharam por conta própria
1.773,20
Fonte: IBGE
 “Se as pessoas estão desistindo de procurar, ou se estão adiando a procura, são decisões diferentes que impactam a mesma variável, ou seja, a PD [população desocupada] cai. Mas se estão procurando e não acham, não tem como se avaliar. Afirmar que as pessoas não param de buscar porque não acham não está muito aderente ao que a gente vem observando na série histórica que é chamada de pessoas desalentadas”, completou.
Na análise regional, em relação a agosto, a desocupação cresceu no Rio de Janeiro, de 3% para 3,4%, e diminuiu em São Paulo, de 5,1% para 4,5%. Nas outras regiões pesquisadas, não houve variação. No entanto, quando são comparados os mesmos meses de 2012 e 2013, observa-se que a taxa avançou em Porto Alegre, de 3,4% para 4,9%, mas recuou em São Paulo, de 5,8% para 4,5%, e no Rio de Janeiro, de 4,4% para 3,4%. No restante das regiões metropolitanas, as taxas ficaram parecidas frente a um ano atrás.
“Regionalmente, o Rio de Janeiro tem aumento dessa taxa de desocupação, sobretudo em função do aumento da procura no mês da região. E São Paulo teve queda no mês em função da redução da procura na região. Na comparação anual, Rio de Janeiro apresenta queda. E Porto Alegre foi a única região que aumentou de forma significativa a taxa na comparação de 12 meses”, explicou.
Segundo a especialista do IBGE, tanto Rio de Janeiro quanto São Paulo registram a menor taxa de desocupação para o mês de setembro desde o início da série.
Salário estável
O salário médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.067,10 - um aumento de 1,5% em relação a um ano atrás. Mas, frente a agosto, ficou praticamente estável. Nessa base de comparação, os salários aumentaram no Recife (3,6%) e em Porto Alegre (4,2%), mas caíram em Salvador (2%), em Belo Horizonte (1,%) e em São Paulo (0,6%).
Frente a setembro de 2013, mostraram aumentos os salários dos trabalhadores do Recife (7,4%), do Rio de Janeiro (6,4%) e de Porto Alegre (6,3%). Em Salvador, ficou 6,1% menor e, em Belo Horizonte, recuou 2,7%.
Desempenho por setores
Entre todos os setores analisados pelo IBGE, o desemprego do setor de construção mostrou a maior variação. Em relação a agosto, houve queda de 3,5%, ou seja, 63 mil pessoas a menos. Na comparação com o nono mês de 2013, o recuo foi ainda maior, de 6,4%, nas indústrias (6,4%). Em outros serviços, foi registrada alta de 3,3%.
A população não economicamente ativa foi estimada em 19,2 milhões de pessoas, indicando estabilidade sobre agosto e alta de 3,7% diante de setembro do ano passado.

Dilma tem 54%, e Aécio, 46% dos votos válidos, diz pesquisa Ibope

Levantamento com 3.010 eleitores foi feito entre os dias 20 e 22 de outubro.
Margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (23) aponta os seguintes percentuais de votos válidos no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
- Dilma Rousseff (PT): 54%
- Aécio Neves (PSDB): 46%
Ibope - 23.10 (Foto: Arte/G1)
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 15, Aécio tinha 51% e Dilma, 49%.
Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:
- Dilma Rousseff (PT): 49%
- Aécio Neves (PSDB): 41%
- Branco/nulo: 7%
- Não sabe/não respondeu: 3%
Ibope ouviu 3.010 eleitores em 203 municípios entre os dias 20 e 22 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01168/2014.
Rejeição
O Ibope perguntou, independentemente da intenção de voto, em qual candidato o eleitor não votaria de jeito nenhum. Veja os números:
Aécio - 42%
Dilma - 36%
Expectativa de vitória
O Ibope também perguntou aos entrevistados quem eles acham que será o próximo presidente da República, independentemente da intenção de voto. Para 51%, Dilma sairá vitoriosa; 38% acreditam que Aécio ganhará; 10% não sabem ou não responderam.
1º turno
No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio, 33,55% (veja os números completos da apuração no país).

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Horário de verão terá uma semana a mais e menos economia de energia

Relógios devem ser adiantados a partir do dia 19 em dez estados e no DF.
País deve economizar R$ 278 milhões; em 2013, foram R$ 405 milhões.




O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner (Foto: Raquel Morais/G1)O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e
Energia, Ildo Grüdtner.
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, informou nesta terça-feira (14) que o país deve economizar R$ 278 milhões com a implantação da 39ª edição do horário de verão, a partir do dia 19. Moradores do Distrito Federal e de dez estados deverão permanecer com os relógios adiantados em uma hora até o dia 22 de fevereiro.
A medida vai valer por 126 dias – cinco a mais do que a média dos últimos 15 anos, afirmou, e uma semana a mais do que a última edição do horário de verão, que foi do dia 20 de outubro a 16 de fevereiro. A prorrogação ocorreu para evitar que o fim da medida acontecesse no carnaval.
Na última edição, a economia de energia foi de  R$ 405 milhões. O motivo da queda na economia é que há uma demanda maior de geração de energia, já que choveu menos, afirmou o secretário. Ainda assim ele diz que a medida vale à pena.

"Além desses ganhos do sistema elétrico, tem-se ganhos de lazer e de turismo, já que as pessoas deixam seus trabalhos mais cedo e podem desfrutar desse período do dia com luz solar", disse o secretário.
Os estados em que o horário de verão vai vigorar são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso doi Sul, além do Distrito Federal.

domingo, 12 de outubro de 2014

Romário anuncia apoio à candidatura de Pezão no RJ

A divulgação ocorreu neste domingo (12), em um hotel na Barra da Tijuca.
Pezão se comprometeu a atender três pontos do programa do senador.


Romário anunciou apoio a candidato ao governo do RJ Luiz Fernando Pezão, neste domingo (12) (Foto: Káthia Mello / G1)Romário anunciou apoio a candidato ao governo
do RJ Luiz Fernando Pezão, neste domingo (12)
O ex-jogador de futebol Romário, eleito para o Senado com quase 5 milhões de votos, anunciou neste domingo (12) apoio à candidatura de Luiz Fernando Pezão (PMDB) no segundo turno das eleições ao governo do Rio de Janeiro.
No anúncio, em um hotel da Barra da Tijuca, Zona Oeste, Romário disse que Pezão se comprometeu a atender três pontos do programa dele: criação de centros de diagnóstico de pessoas com doenças raras e deficiência, investimento no esporte para crianças em áreas carentes, e combate às drogas com ênfase no crack.
Segundo Romário, Pezão pode contar com o apoio dele no Senado. "São propostas que vêm a favor do que acredito que um bom governador pode fazer. Ele terá em Brasília um senador da república parceiro do estado", disse.
O candidato do PMDB disse que era uma alegria receber o apoio e prometeu ajudar a realizar os sonhos  e compromissos de Romário com o eleitorado.
Durante o encontro, Pezão brincou com o ex-jogador. Disse que Romário só deu tristezas a ele no futebol, porque nunca jogou no seu time, o Botafogo. "Você me fez sofrer e agora me dá essa alegria de me apoiar no segundo turno. É um prazer receber esse apoio da nova liderança política no estado".

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Mortos por ebola chegam a quase 4.000 e doença segue fora de controle em três países da África, diz OMS

Libéria e Serra Leoa possuem, respectivamente, apenas 21 % e 26 % dos leitos que necessitam.

Países mais atingidos pelo ebola estão com dificuldades para combater a epidemia.
O pior surto de ebola já registrado matou 3.879 pessoas em um total de 8.033 casos até 5 de outubro, e não há nenhuma evidência de que a epidemia está sendo mantida sob controle na África Ocidental, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (8).
Em um relatório divulgado hoje, a organização destacou a falta de capacidade dos países mais afetados pela doença em lutar contra a epidemia.
Libéria e Serra Leoa, os dois mais atingidos pelo ebola, possuem, respectivamente, apenas 21% e 26% dos leitos que necessitam para tratar os doentes. A OMS alertou os países vizinhos para se prepararem já que o ebola deve se espalhar ainda mais através das fronteiras.
No relatório sobre o plano de resposta contra o ebola, publicado duas vezes por semana, a OMS adverte que "a tendência de agravamento da situação continua".
"A situação em Guiné, Libéria e Serra Leoa continua a se deteriorar, com uma transmissão ampla e persistente do vírus do ebola", assinalou a organização.
Além disso, as dificuldades para coletar dados confiáveis na Libéria continuam, e, por isso, a OMS considera que o suposto arrefecimento no ritmo de aumento de casos não é verdadeiro.
Pelo contrário, isso "reflete a deterioração na capacidade dos que estão tentando responder (à epidemia) no terreno para registrar dados epidemiológicos exatos", apontou.
A crise se agrava
Nesta semana, os coveiros de Freetown, capital de Serra Leoa, anunciaram uma greve que deverá afetar a retirada dos corpos das vítimas da doença. De acordo com as lideranças da categoria, os salários dos coveiros que trabalham para o governo federal não estão em dia. Caso a greve seja confirmada, os bairros da periferia da capital deverão ser os mais afetados.
A organização MSF (Médicos Sem Fronteira), que está lutando contra a doença na África, recusou recentemente o dinheiro doado pelo governo da Austrália e divulgou um comunicado oficial pedindo que os governos enviem apoio pessoal, afirmando que até mesmo uma dúzia de pessoas capacitadas poderiam salvar milhares de vidas.

A instituição alega que não tem capacidade de combater o surto sozinha. "Estamos recusando gente nas nossas clínicas, que operam há semanas acima da sua capacidade", diz.
Funcionário da ONU contaminado
Uma autoridade médica internacional da Missão da ONU na Libéria testou positivo para o vírus do ebola e está recebendo tratamento, informou a missão da ONU no país (Unmil) em um comunicado nesta quarta-feira.
O funcionário, que não foi identificado, é o segundo membro da missão a contrair ebola — o primeiro morreu no dia 25 de setembro.
Os Estados Unidos vão começar a medir a temperatura de passageiros que chegam aos aeroportos dos EUA vindos da África Ocidental a partir deste fim de semana, informaram autoridades norte-americanas nesta quarta-feira.
A medida visa impedir um surto do vírus ebola no país.
As autoridades vão utilizar um equipamento não invasivo para monitorar as temperaturas dos passageiros e pedirão que eles respondam um questionário criado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA perguntando informações detalhadas sobre suas atividades na África Ocidental, disse uma autoridade do governo norte-americano familiarizada com os planos.

PSB anuncia apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição

Decisão teve 21 votos pró-Aécio, seis pela neutralidade e um pró-Dilma. Marina Silva só deve anunciar seu posicionamento na quinta (9).


O PSB anunciou nesta quarta-feira (8), após reunião da Executiva do partido em Brasília, a aprovação do apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições.
De 29 integrantes da Executiva que compareceram à reunião, 21 votaram pelo apoio a Aécio, sete pela neutralidade e um pelo apoio a Dilma Rousseff (PT), informou a assessoria do partido. Às 18h43, Aécio Neves chegou à sede do PSB para receber o apoio pessoalmente.




Embora tenha aprovado o apoio a Aécio, o PSB decidiu que dois diretórios estaduais não precisam seguir a decisão da cúpula nacional. Um desses casos é a Paraíba, onde o candidato a governador do PSB, Ricardo Coutinho, enfrentará no segundo turno o tucano Cássio Cunha Lima. O outro é o Amapá, onde o PT integra a coligação que apoia a candidatura a governador de Camilo Capiberibe (PSB).
A ex-senadora Marina Silva, que disputou a Presidência como candidata do PSB e terminou o primeiro turno em terceiro lugar, só deverá declarar publicamente seu posicionamento nesta quinta (9), após encontro com as lideranças dos demais partidos da coligação. O apoio de Marina Silva deve ser condicionado à inclusão no programa de governo de Aécio de alguns pontos, como o fim da reeleição para presidente e ações de sustentabilidade.
O vice de Marina, deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), já havia manifestado apoio ao tucano antes mesmo da reunião da Executiva do partido.
Aliado histórico do PT, o PSB rompeu com o governo Dilma Rousseff no ano passado. Marina Silva acusou a rival petista de ter feito no primeiro turno uma campanha baseada em "mentiras".
“Ver defeitos nos outros é um costume do PT. Sua conduta na campanha no primeiro turno foi uma conduta lacerdista de esquerda, que só soube nos ofender, mentir e nos caluniar desde o início”, disse Beto Albuquerque antes da reunião da Executiva. Como não faz parte da Executiva, Marina não foi ao encontro, embora tenha sido convidada.

Receita libera consultas ao 5º lote do IR 2014

Fisco vai pagar R$ 2,1 bilhões a 2 milhões de contribuintes. Restituições serão pagas em 15 de outubro, acrescentou o órgão.


A Secretaria da Receita Federal abriu nesta quarta-feira (8), a partir das 9h, as consultas ao 5º lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2014, além de lotes residuais de anos anteriores (para quem caiu na malha fina).
Também podem ser feitas pelo telefone 146 (opção 3) ou por aplicativo para dispositivos móveis (smartphones e tablets).As consultas podem ser feitas no site da Receita.
Os valores das restituições serão pagos em 15 de outubro.
Valores e número de contribuintes
Segundo o Fisco, o quarto lote do IR 2014 pagará R$ 2,11 bilhões em restituições para 2 milhões de contribuintes.
Considerando os valores dos lotes residuais de anos anteriores, as restituições sobem para R$ 2,2 bilhões no lote deste mês, englobando 2,03 milhões de contribuintes, dos quais 18,6 mil são idosos e 2,3 mil possuem alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave (no valor de R$ 82,5 milhões).
Regras de recebimento
Após o pagamento dos idosos e contribuintes com alguma deficiência física ou mental, ou moléstia grave, as restituições são pagas por ordem de entrega da declaração do Imposto de Renda – desde que o documento tenha sido enviado sem erros ou omissões. Geralmente, são sete lotes do IR em todos os anos, entre junho e dezembro. Em 2014, o Fisco recebeu 26,8 milhões de declarações do Imposto de Renda até 30 de abril, o prazo legal.
Contribuinte pode saber se caiu na malha fina
A Receita Federal lembra que os contribuintes que entregaram o IR 2014, ano-base 2013, e caíram na malha fina já podem corrigir eventuais pendências ou inconsistências em sua declaração.
Para conferir a situação da declaração e resolver possíveis problemas, os contribuintes devem entrar no site da Receita Federal na internet e buscar pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento) do órgão. O sistema exige o uso de um código de acesso gerado na própria página da Receita, ou um certificado digital emitido por autoridade habilitada. Veja o passo a passo do extrato do IR.
O acesso ao extrato também permite conferir se as quotas do IR estão sendo quitadas corretamente, além de identificar e parcelar eventuais débitos em atraso, entre outros serviços.
Caso as declarações tenham problemas, elas entram na malha fina do órgão, ou seja, ficam retidas, e não aparecem nos lotes de restituição até que tudo seja resolvido.
Veja o calendário de pagamentos das restituições do IR 2014:
- 1° lote, em 16 de junho de 2014
- 2° lote, em 15 de julho de 2014
- 3° lote, em 15 de agosto de 2014
- 4° lote, em 15 de setembro de 2014
- 5° lote, em 15 de outubro de 2014
- 6° lote, em 17 de novembro de 2014
- 7° lote, em 15 de dezembro de 2014

Inflação oficial em 12 meses é a maior desde outubro de 2011, diz IBGE

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta do BC.
Alimentos pararam de cair e não ajudaram índice, segundo o instituto.



 São Paulo e no Rio
Inflação em 12 meses
Variação do IPCA, em %
5,845,775,915,595,686,156,286,376,526,56,516,75Out/13Nov/13Dez/13Jan/14Fev/14Mar/14Abr/14Mai/14Jun/14Jul/14Ago/14Set/1402,557,5
Fonte: IBGE
Depois de uma temporada de quedas, o preço dos alimentos voltou a subir e pressionou a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De agosto para setembro, o indicador acelerou de 0,25% para 0,57%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Segundo o IBGE, é o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%. No ano, de janeiro a setembro, o IPCA está em 4,61%.
A expectativa do mercado financeiro para o IPCA está em 6,32% neste ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Para 2015, a previsão dos analistas dos bancos para o IPCA ficou estável em 6,30%.

De acordo com a coordenadora do índice de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os preços dos alimentos, que pararam de cair no mês passado, deixaram de contribuir para a queda do indicador.Considerando todos os grupos de despesas cujos preços são analisados pelo IBGE, o dos alimentos teve a maior variação. Após cair por três meses seguidos, ele voltou a subir, registrando alta de 0,78%, influenciados principalmente pelas carnes.
"Em setembro os alimentos pararam de cair e não contribuíram com a taxa, já que os alimentos são considerados  a maior despesa do consumidor. Nesses últimos quatro meses o resultado ficou ao redor ou acima dos 6,5%, repetindo o que aconteceu em 2013 nos meses de fevereiro, março abril e maio", disse Eulina.
Ainda de acordo com ela, além dos alimentos, a Copa do Mundo também vinha influenciando o indicador nos meses anteriores. "Em julho os resultados foram negativos. O preço dos alimentos caiu. Esse mês [julho] concentrou também uma queda das passagens aéreas por conta da demanda baixa nos serviços de passagem de aviação em função da Copa do Mundo. Com isso, a taxa foi para quase 0. Já em agosto, apesar dos alimentos terem se mantido em queda, houve pressão da energia elétrica e dos hotéis que continuaram subindo. Esses dois meses tiveram reflexo da Copa do Mundo", disse.
Eulina explicou que a refeição fora de casa exerceu grande pressão no aumento dos alimentos: “Rio e São Paulo têm sido muito pressionados pela refeição fora de casa. Principalmente o período de Copa do Mundo propiciou o aumento nesse setor. Além disso, o desemprego está baixo, as pessoas estão comendo fora”.
Segundo a coordenadora, a alta de 3,17% nas carnes sofreu efeitos da seca e do comércio exterior: “os pecuaristas argumentam que os pastos ainda estão secos em função da seca do início do ano. Isso encarece a engorda do gado. Outro fator que também vem sendo atribuído é a questão da importação. O Brasil é o principal exportador de carne. A arroba do boi vem subindo desde o começo do ano”.
Entre os alimentos, também tiveram alta itens importantes como a cebola, que ficou 10,17% mais cara no mês passado – acumulando valorização de 20,72% em 12 meses. Subiram ainda, e pesaram no bolso dos consumidores, os preços da cerveja (3,48%), farinha de mandioca (2,52%) e frutas (2,11%).
Apesar dessas altas, não é possível chamar a alta dos alimentos de generalizada, diz Eulina.  “Podemos dizer que grande parte dos alimentos cresceu, mas não podemos dizer que a alta foi generalizada porque houve queda no tomate, a batata inglesa que é muito importante caiu, o feijão carioca que é muito consumido caiu, o óleo, o açúcar e outros itens importantes”.
  •  
MAIORES NFLUÊNCIAS SOBRE O IPCA DE SETEMBRO
ProdutoAlta (%)
Carne3,17
Passagem aérea17,85
Refeição fora de casa1,02
Energia elétrica1,37
Empregado doméstico0,78
 Outros grupos
Depois dos alimentos, aparece como segunda maior pressão a alta nos preços dos transportes, de 0,63%, depois de subir quase a metade em agosto. O resultado foi impactado pelo preços das passagens áreas que, depois de uma folga pós-Copa, voltaram a subir (17,85%).
“Os serviços aumentaram influenciados principalmente pelas passagens aéreas. Quando você tem desemprego baixo, os serviços ficam resistentes a qualquer baixa de preços. Muitos consumidores que antes não usavam determinados serviços, passam a usar em função de alguma melhora de renda”, explicou Eulina.
Seguiram a mesma tendência de aumento os grupos de gastos relativos a vestuário (de -0,15% para 0,57%), comunicação (de 0,10% para 0,13%) e despesas pessoais (de 0,09% para 0,39%).
Na contramão da maioria dos grupos estão os de habitação (de 0,94% para 0,77%), artigos de residência (de 0,47% para 0,34%), saúde e cuidados pessoais (de 0,41% para 0,33%) e educação (de 0,43% para 0,18%), cujos preços foram reduzidos de agosto para setembro.
Combustível mais caro em Salvador
Na análise regional, as maiores variações do IPCA partiram de Salvador (0,99%), influenciada pelo aumento de 10,22% da gasolina e de 12,12% do etanol, e de Brasília (0,98%), pressionada pelas passagens aéreas (14,38%).
Em Goiânia, foi registrado oe menor índice, de 0,16%. Ao contrário do que ocorreu em Salvador, o preço dos combustíveis caiu 7,03%.
INPC
Nesta quarta-feira (8), o IBGE também apresentou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,49% em setembro, depois de subir 0,18% em agosto. No ano, o indicador acumula alta de 4,62% e, em 12 meses, de 6,59%. Em setembro de 2013 o INPC havia sido 0,27%.