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domingo, 31 de agosto de 2014

Doença alimentar e dietas fazem mercado de produtos sem glúten crescer 30% ao ano

Em São Paulo, aumento foi de 120% nos pontos de vendas de produtos sem a proteína .

Empresa de Rogério Manske fabrica produtos sem glúten desde 2004 e faturou R$ 8 milhões no ano passado.
O mercado de produtos sem glúten cresce apoiado na necessidade dos portadores da doença celíaca — que têm intolerância a essa proteína — e no hábito de se consumir produtos mais saudáveis. O resultado é empresários do ramo faturando milhões e a expansão da oferta das mercadorias. O setor cresceu entre 20% e 30% por ano de 2009 a 2013. 
Há dez anos, a empresa Vitalin trabalha com produtos sem glúten. Os primeiros foram apenas cereais, como linhaça, quinoa, chia e amaranto. Recentemente, também lançaram uma linha que inclui cookies e granola. O presidente da companhia, Rogério Manske, explica que, no início, “o mercado eram bem tímido” com relação a essas mercadorias, mas a partir de 2011 a demanda aumentou.
— Em geral, no ano passado a gente teve um crescimento nas vendas de 65% em toda a nossa linha, que tem 29 produtos. Fechamos um faturamento de R$ 8 milhões.

A Vitalin atende todo o País por meio dos distribuidores. Os biscoitos e cereais são vendidos em lojas de produtos naturais e também em redes de supermercados. Para 2014, a empresa prevê um avanço menor por causa do baixo crescimento do Brasil.
— Nossa expectativa era alcançar os R$ 14 milhões, em função desse cenário econômico, repensamos e queremos atingir, em cima desses R$ 8 milhões, um crescimento de 35%.

A empresa cresceu, até mesmo, além do setor. Segundo Gustavo Negrini, diretor da feira Gluten Free — que já está na sua quinta edição discutindo a problemática das alergias e intolerâncias alimentar — o segmento vem se mostrando sólido e em expansão. Ele explica que nos últimos sete anos, apenas na capital paulista, o crescimento foi de 120% nos pontos de vendas de produtos sem glúten.
Além disso, o número de expositores no evento aumentou quase dez vezes, passando de oito no primeiro ano (2010) para 55 em 2014. Para Gustavo, a melhora no diagnóstico de celíacos foi determinante neste avanço.
— Vem melhorando o diagnóstico da doença e é uma doença que não tem remédio porque você tem que interromper o consumo de glúten e passa a consumir produtos sem. O segundo ponto é uma preocupação maior com a ingestão de alimentos mais saudáveis.

O presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais), Carlos Gouveia, acrescenta que o crescimento também vem sendo beneficiado por uma corrente de nutricionista que classifica os alimentos funcionais sem essa proteína, ou seja, aqueles que trazem algum benefício ao metabolismo do organismo, o que incentiva as pessoas que não são celíacas a incluir na dieta.
— Existe uma corrente de nutricionistas que vê no glúten um vilão. O alimento sem glúten acaba trazendo benefícios. Não posso dizer que seja um fato científico. É uma teoria que tem ganho adeptos.
Estimativas de estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. No Brasil, a doença já afetaria cerca de 2 milhões de pessoas.

Aécio diz que 'na hora da razão' estará no segundo turno

Candidato do PSDB participou de ato neste sábado em Rio Preto (SP).
Aécio defendeu projeto político com "caminho, norte e coerência".


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou durante ato político neste sábado (30) em São José do Rio Preto (SP) estar convencido de que "na hora da razão" estará no segundo turno.
Ele fez a afirmação ao comentar a pesquisa Datafolha (*) divulgada nesta sexta-feira (29), na qual aparece com 15% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), ambas com 34%.
A ascensão de Marina Silva nas pesquisas eleitorais se deu nas duas últimas semanas, logo depois que ela se tornou candidata a presidente, no lugar de Eduardo Campos, de quem era vice, morto em acidente aéreo no último dia 13.
"Eu estou convencido de que na hora da razão nós vamos estar no segundo turno e vamos vencer as eleições", disse o candidato do PSDB, ao ser questionado por jornalistas se estava "incomodado" com o resultado da  pesquisa.
Aécio Neves afirmou ainda que o eleitor precisa ter segurança na hora de votar. "Não basta apenas tirar o PT do governo. É preciso que tenhamos no lugar um projeto político que tenha caminho, que tenha norte e que tenha coerência", comentou.

O candidato disse também que o programa de governo de Marina Silva, apresentado nesta sexta-feira (29), é o "maior apoio" que recebeu da candidata uma vez que, segundo Aécio, retrata propostas defendidas por ele há uma década.
(*) O Datafolha fez 2.874 entrevistas em 178 municípios nestas quinta (28) e sexta (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo" e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00438/2014.
"Eu acredito que o programa anunciado pela candidata Marina é o maior apoio que recebi até agora, porque ele registra e resgata nossas propostas. Então, entre o original, coerente de sempre, e as novas propostas, eu acredito que o brasileiro ficará com o original, porque defendemos essas propostas a vida inteira", completou.

Ribeirão Preto
Durante a tarde, Aécio participou de ato político em Ribeirão Preto (SP), onde afirmou que as candidaturas dele e de Marina Silva são as únicas com que podem vencer as eleições. "O modelo apresentado pela Dilma vai perder as eleições, é o que nós percebemos, e só há duas candidaturas com possibilidades reais de vitória”, afirmou o candidato em discurso para lideranças regionais do PSDB, na sede do partido.

Ao falar sobre a candidata do PSB, o senador reafirmou que Marina apresenta as mesmas propostas defendidas por ele. "O programa de Marina, lançado a 30 dias das eleições, é a maior homenagem que poderia receber e consagra as teses que defendemos desde nossa existência. Lamento que não tenha tomado essas convicções quando militava no PT", disse Aécio.

Em seu discurso, o candidato tucano comentou sobre o que Marina chama de "nova política". “Muito se fala sobre a velha e a nova política, mas eu aprendi muito cedo, ainda em Minas, que o que existe de verdade e sempre existiu é a boa e a má política."

Dilma diz que pretende 'discutir propostas' e não comenta pesquisa

Candidata à reeleição participou de ato político de campanha em Jales (SP).
Presidente não comentou Datafolha que apontou empate com Marina Silva.


A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado (30), durante entrevista após ato político em Jales (SP), que vai "discutir propostas" ao ser indagada sobre se "atacará diretamente" a candidata do PSB, Marina Silva, no próximo debate na televisão.
Ela não quis comentar a pesquisa Datafolha (*) divulgada nesta sexta (29), que mostrou ascensão da adversária e apontou empate entre as duas, ambas com 34% das intenções de voto – na simulação de segundo turno, Marina tem 50% e Dilma, 40%.
"Pretendo discutir as minhas propostas e, se isso criar algo entre candidatos, é decorrência. Quero apresentar as propostas. Durante as manifestações de julho, definimos pactos, de melhorar a educação, a saúde, esse pacto é de futuro e não podemos deixar de discutir", disse a presidente.

A candidata criticou durante o ato o que chamou de "propostas de um candidato para diminuir a importância da Petrobras, do pré-sal e dos bancos públicos".
Sem citar nomes, a presidente defendeu a estatal e afirmou que os recursos obtidos com a extração do óleo do pré-sal garantirão mais investimentos na saúde e na educação nos próximos anos.

"A questão sobre a redução da importância  da explocação do petróleo, é gravissima essa proposta. A Petrobras é uma conquista dos trabalhadores do país, do povo, é um orgulho, é a maior empresa do Brasil e da América Latina. No Brasil, isso vai significar nos próximos anos que o Brasil vai exportar petróleo.Com isso, vamos ter uma grande fonte de riqueza", afirmou.
Dilma também defendeu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Para ela, o candidato que diminuir a importância dos bancos "terá de explicar" como se darão os investimentos em programas do governo, como o Minha Casa, Minha Vida.

"Acho gravÍssimo isso, diminuir a importância dos bancos. Afeta o futuro do Brasil, porque não estamos discutindo o hoje, mas sim os próximos 35 anos. Tenho clareza sobre o que representa a Petrobras e os bancos para o Brasil. Se o candidato diminuir a importância dos bancos, terá de rever os investimentos no Minha Casa, Minha Vida, em investimentos na agricultura e em outros setores".

 O Datafolha fez 2.874 entrevistas em 178 municípios nestas quinta (28) e sexta (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo" e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00438/2014
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Cientistas desvendam mistério das 'pedras que andam' na Califórnia

Fenômeno era investigado desde os anos 1940 e nunca havia sido testemunhado até agora.


Pesquisadores americanos conseguiram resolver um mistério científico que já durava décadas: as "pedras que andam" no Vale da Morte, no deserto de Mojave, na Califórnia.
Algumas destas pedras chegam a pesar 300kg. Elas ficam em um lago seco, plano e rodeado por montanhas. Em algumas épocas do ano, este lago se enche com água da chuva, que evapora rapidamente.
Estas pedras se movem, deixando um rastro na terra por dezenas de metros. Mas, desde que elas começaram a ser estudadas por cientistas, nos anos 1940, ninguém as havia visto se mover.
Até que finalmente, em dezembro passado, o pesquisador Richard Norris, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, e seu primo James Norris puderam presenciar e captar em imagens o fenômeno.Isso fez com que surgissem várias teorias para o fenômeno, algumas delas bastante exóticas, atribuindo seu movimento a campos de energia poderosos, ao magnetismo da Terra e até mesmo a extraterrestres.
Capa de gelo
Eles explicam em um estudo publicado nesta semana na revista PLOS ONE que tudo começa quando a chuva produz uma capa de água sobre o terreno seco, criando um lago superficial.
Durante a noite, essa água se congela, formando uma capa de gelo de cerca de três a seis milímetros na qual ficam presas as bases das rochas.
Quando o sol sai, o gelo começa a quebrar, criando placas de vários metros de largura que se deslocam com o vento.
Assim, as pedras se movem sobre o barro, impulsionadas pelas placas de gelo, a uma velocidade de dois a cinco metros por minuto, formando os famosos sulcos na terra.
As trajetórias dependem da velocidade e da direção do vento e da água que se encontra abaixo do gelo.
Segundo Richard, o fenômeno não é frequente porque quase não chove no Vale da Morte, e as temperaturas médias são elevadas.
Chuva, frio e vento
Para que possa ocorrer, é preciso que tenha chovido e que a temperatura baixe a cerca de 0ºC antes que a água evapore.
Por fim, o vento precisa ter força suficiente para mover as placas e, junto com elas, as rochas.
Na época em que Richard e James presenciaram o fenômeno, no fim de 2013, havia chovido bastante na região e até mesmo nevado.
Há alguns meses, Ralph Lorenz, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, e um dos autores do estudo publicado nesta semana, explicou por que havia sido difícil captar o movimento das rochas.
"Elas estão em uma área remota, de difícil acesso e protegida, onde não se pode acampar e há muitas restrições do que as equipes podem levar para lá", disse.
Além disso, "a maioria dos deslocamentos ocorre quando está frio, chovendo e ventando, o que dificulta captá-los."

Marina afirma que 'engano' motivou alteração no programa de governo

Um dia após divulgação, campanha retirou menção ao casamento gay.
Presidenciável participou neste sábado de caminhada na Rocinha, no Rio.


A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) afirmou neste sábado (30), durante caminhada na Rocinha, Zona Sul do Rio, que a eliminação de um trecho de seu programa de governo que defendia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia foi motivada por "um engano".

Neste sábado, a coordenação da campanha divulgou nota que informou sobre alterações no trecho referente aos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais) divulgado na véspera.
A defesa de propostas que legalizam o casamento igualitário e a equiparação da discriminação contra homossexuais aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor foram substituídos pela seguinte redação: "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".
Em caminhada na Rocinha, Marina afirmou que houve "a correção de um engano" porque o texto divulgado originalmente não continha a chamada "mediação" com a proposta de movimentos sociais sobre o tema.
"O texto que foi para a publicação foi o texto tal qual foi apresentado pelas demandas dos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram as suas demandas. Foram feitas as mediações e se contemplou o tanto quanto possível as propostas, mas independente de qualquer coisa, nosso compromisso é com a defesa do Estado laico, o respeito à liberdade individual e o respeito à liberdade religiosa. O que foi feito foi ter voltado o texto da mediação, porque havia sido cometido um engano", disse Marina.

Em nota divulgada neste sábado, a assessoria da campanha informou que o texto, "infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo". Disse que uma "falha processual na editoração" da versão do programa divulgada na internet e em exemplares impressos permitiu a veiculação de uma redação "que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT".

Pró e contra
Desde a divulgação do programa, com a defesa do casamento gay, defensores e opositores das políticas voltadas para a comunidade LGBT se manifestaram nas redes sociais com críticas à candidata.
Ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!"
Jean Wyllys (PSOL-RJ),
deputado federal
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que milita em favor dos direitos civis para homossexuais, escreveu para seus seguidores no Facebook que a candidata "mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas". Ele disse que a defesa da "união civil" apoiada pelo programa, em vez do casamento igualitário, é "segregacionista".
"Já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma 'lei de união de negros'? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX. O pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!", escreveu.
O programa de governo de Marina pensa que o povo de Deus é idiota. Corrigiu palavras mas a essência é a mesma, pior, cheio de subjetividades"
Silas Malafaia,
pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo
Pelo Twitter, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse que aguardaria a posição de Marina após a divulgação da primeira versão do programa. Depois, mesmo com a correção, fez críticas.

"O Pgm de gov de Marina pensa que o povo de Deus é idiota.Corrigiu palavras mas a essência é a mesma, pior, cheio de subjetividades", postou na rede social, afirmando que o programa faz "defesa vergonhosa da agenda gay" e "com dados mentirosos sobre assassinatos" de homossexuais.

À noite, o comitê LGBT da campanha divulgou nota reiterando que o texto divulgado inicialmente correspondia à foi a "pauta integral reivindicada" pelo segmento, em vez do texto "de consenso" aprovado pela coordenação política do PSB.
"Ainda que não seja tão abrangente, o texto reapresentado representa para nós, LGBTs, uma defesa significativa para a concretização das políticas da nossa população. Marina e Beto são os únicos candidatos que assumem uma postura firme em defesa dos direitos de todas as pessoas", diz a nota.

O grupo disse que o episódio "não descaracteriza nossa e, tampouco, classifica nossa candidata como conservadora ou até mesmo homofóbica". "Nossa luta é pela defesa do Estado laico e por um Brasil que respeite a todos independente de sua orientação sexual ou convicção religiosa", completa a nota.
Nesta sexta-feira (29), outro ponto do programa de governo, o que se referia ao uso da energia nuclear, foi alterado horas depois da divulgação do texto.
MoradiaPesquisa
No Rio, Marina foi perguntada sobre a pesquisa Datafolha divulgada na sexta (29), em que aparece com 34% das intenções de voto, mesmo percentual da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

Indagada se acredita em vitória ainda no primeiro turno, respondeu: "Ainda temos muito chão pela frente. E o que nós estamos querendo é que este movimento continue. É o movimento do cidadão que quer a mudança", afirmou.
Minutos antes da chegada da presidenciável à Rocinha, moradores postaram mensagens em redes sociais, segundo as quais teriam sido registrados tiros na comunidade. A polícia informou que não houve registro de confrontos na região.
Marina Silva durante caminhada na Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Mariucha Machado/G1 Rio)Marina Silva durante caminhada na Rocinha, no Rio
de Janeiro .
Durante a caminhada na comunidade, na Zona Sul do Rio, Marina Silva disse ter o compromisso de tratar e respeitar as comunidades com atendimento nas áreas de saúde, educação e segurança pública. A candidata ressaltou também a qualidade da moradia das pessoas.
"Nossa atitude é de respeito com as comunidades para que possam ter acesso a serviços públicos de qualidade em saúde, educação e segurança pública e na habitação. Uma das formas de fazer esse respeito é destinando recursos para que as comunidades possam ser urbanizadas, para que as pessoas possam ter a regularização dos lugares aonde moram, sem que precise remoção, como muitas vezes é feito quando se pensa em habitação popular", afirmou Marina.
A candidata disse que tem como meta aumentar em 4 milhões as moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Segunda ela, o objetivo é fazer urbanização, criar espaços de convivência e oferecer educação de tempo integral.
Marina Silva no encontro dos jovens no Tatro Odisséia, Centro do Rio (Foto: Mariucha Machado/ G1)Marina em encontro com jovens no Rio .
Encontro com jovens
À tarde, a candidata e seu vice Beto  Albuquerque se encontraram com jovens num teatro no  Centro do Rio. Albuquerque disse ao grupo que a equipe de governo "vai ser melhor que a de Felipão", em referência ao técnico da Seleção na Copa de 2014.
"Vamos dar de 7 a 1", afirmou Albuquerque.
Seis jovens se inscreveram e fizeram perguntas para a candidata sobre passe livre para os estudantes, taxa de juros, acesso ao ensino universitário, condições das instituições e  medidas do governo para aumentar a oferta de emprego para os jovens. Beto Albuquerque falou sobre a necessidade de aumentar o número de creches no país e de melhorar as condições de transportes, educação e saúde.
Já Marina Silva afirmou que o seu governo será favorável à manutenção do Bolsa Família e convocou os jovens para "escalar o time para governar o país no dia 5 de outubro". Mas ressaltou sua posição contrária ao segundo mandato.
"Se eleita eu não vou buscar a segunda candidatura. Sou contra, porque os políticos só fazem as coisas para se reeleger e não o que é melhor para o país", afirmou.

sábado, 30 de agosto de 2014

Denúncias de racismo no Brasil dobraram nos últimos anos

Em 2011, a Secretaria de Igualdade Racial registrou 219 denúncias, em 2013 foram 425.

Secretaria registrou aumento expressivo no número de denúncias de racismo, como sofrido pelo goleiro Aranha, nos últimos anos.

Ofensas racistas em estádios de futebol, como as sofridas pelo goleiro do Santos Aranha na última quinta-feira (28) em Porto Alegre (RS), ou casos como o do homem negro que decidiu tirar a calça dentro do Salvador Shopping, na capital baiana, para provar que não tinha roubado uma das lojas, deixam os brasileiros perplexos, mas também fazem lembrar que o crime de racismo ainda é presente na sociedade brasileira.
De acordo com a Seppir (Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial), secretaria do governo federal com status de ministério, o número de denúncias de racismo dobrou nos últimos anos.
Em 2011, a ouvidoria do órgão recebeu 219 denúncias. Em 2012, esse número pulou para 413 e, no ano passado, chegou a 425, praticamente o dobro dos registros de 2011. Neste ano, até julho, foram 125 comunicados. Para a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, as denúncias de racismo aumentam pela indignação da sociedade.
— Cada vez mais, aos olhos da maioria das pessoas, o racismo aparece como algo absolutamente inaceitável em uma sociedade como a nossa, que é uma sociedade de maioria negra. Isso faz com que também as pessoas forcem o uso de uma legislação contra o racismo, que existe no Brasil.
Para o ouvidor da Seppir, Carlos Alberto de Souza, os registros de denúncias de injúria racial e racismo cresceram na mesma proporção em que a população se mostrou mais encorajada a denunciar.
— Isso se deve ao aumento da confiança e a da conscientização da população. Outro ponto é a ascensão da classe mais pobre da sociedade, não só em questões econômicas. As pessoas não estão mais aceitando esse tipo de agressão.
Apesar do aumento, são poucos os casos que chegam às instâncias superiores da Justiça, como o STF (Supremo Tribunal Federal). Em sua grande maioria, as vítimas preferem fazer acordos com os agressores ainda na Justiça de primeira instância. Souza explica que são necessárias mais políticas públicas afirmativas para diminuir a distância entre brancos e negros, como as cotas raciais em universidades públicas. Para o ouvidor, as denúncias ainda são a melhor forma de combater essas ações discriminatórias.
— Racismo não é brincadeira, é um crime. Está previsto em lei e deve ser punido. Nós pretendemos implementar ainda neste ano um ‘disque denúncia’ gratuito para incentivar as pessoas a denunciarem.
Atualmente a Seppir só recebe reclamações por telefone em ligações pagas e por e-mail. A secretaria trabalha para implantar um 0800, para que o denunciante possa fazer uma ligação gratuita. 
Herança escravocrata
As agressões racistas, como a sofrida pelo goleiro do Santos, não ficam restritas aos estádios de futebol. Nesta semana, na cidade mineira de Muriaé, um jovem casal foi hostilizado após publicar uma foto em uma rede social. Na foto, um adolescente branco abraça a namorada negra. A imagem gerou uma enxurrada de comentários racistas.  
O mestre em história e sociologia do direito da UnB (Universidade de Brasília) Alexandre Bernardino, explica que casos de racismo como o sofrido pelo casal de Muriaé são resquícios da cultura escravista e devem ser inibidos tanto pela sociedade como pelos órgãos competentes.  
— É um caso muito grave. São mensagens absurdas. Nós vivemos em uma sociedade altamente desigual com uma herança escravocrata muito forte, onde o que é desigual é considerado inferior. Eu sou humano e você não é.
Para Bernardino, muitas vítimas ainda deixam de denunciar esses casos por sentirem vergonha. O especialista acredita que campanhas de conscientização e uma lei mais rígida podem ajudar a diminuir os casos de racismo.
— Muitas dessas pessoas têm dificuldade de denunciar. É muito difícil para a vítima lidar com esse tipo de situação. Geralmente, elas sofrem isso todos os dias, às vezes, de forma mais velada, com um olhar de desaprovação, ou com uma declaração explícita de ódio.
Apesar das dificuldades de denunciar, alguns casos chegam à Justiça com decisões favoráveis às vítimas. Na semana passada, um procurador federal no Distrito Federal foi condenado a 2 anos de prisão por racismo contra negros, judeus e nordestinos. Em 2007, o atual procurador federal, que era candidato a concurso público, postou uma mensagem racista em um fórum de discussão na internet. No post, ele diz ser skinhead e contrário à existência de negros, judeus e nordestinos.
Também no Distrito Federal, um caso de racismo terminou em condenação do agressor. O médico psicanalista Heverton Menezes foi condenado a pagar R$ 50 mil por racismo a uma funcionária de um cinema, após dizer que a vítima deveria morar na África para cuidar de orangotangos. O médico ainda pode recorrer. 
Como fazer uma denúncia em casos de racismo
Para registrar denúncia na Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial o denunciante pode ligar para (61) 2025-7004. Ou pelo email sic@seppir.gov.br

Por que os americanos ensinam seus filhos pequenos a atirar?

Nos EUA, 31% das residências têm ao menos uma criança e uma arma, segundo dados de 2012
O caso da menina de nove anos de idade que matou seu instrutor de tiros com um disparo acidental de submetralhadora Uzi, no Arizona, levantou o debate sobre o uso de armas de fogo por americanos desde a mais tenra idade.
Em um país onde as opiniões sobre a posse e o porte de armas variam tanto quanto a sua geografia e demografia — como comparar, por exemplo, a realidade de um fazendeiro em Montana com a de um morador de arranha-céu em Nova York? — nem todos os americanos crescem atirando. Mas aqueles que o fazem começam desde cedo.
Dan Baum começou a atirar quando tinha cinco anos de idade. Ele cruzou o país para aprender sobre a cultura das armas nos Estados Unidos. A experiência virou o livro Gun Guys: a Road Trip (algo como "Caras Armados: Uma Viagem pelos Estados Unidos", em uma tradução bastante livre e imprecisa para o português).
O autor acredita que atirar ensina às crianças lições importantes sobre respeito e disciplina. "Pode ser algo ótimo para as crianças", ele diz.
"O que você está dizendo a uma criança é: 'Estou colocando algo extremamente perigoso em suas mãos e confiando que você o usará apropriadamente'."
Baum ensinou sua filha a atirar quando ela tinha 10 anos de idade.
"Crianças são espertas", diz. "Antes de mais nada, elas vão achar qualquer coisa que você tente esconder. E elas podem aprender ao receber instruções. Podem aprender sobre segurança."
Pais 'responsáveis'
Nos Estados Unidos, 31% das residências têm ao menos uma criança e uma arma, segundo dados de 2012 do Centro Law para Prevenção de Violência Armada.
Para muitos pais, a posse responsável de armamentos passa por ensinar crianças a atirar — e a respeitar as armas — desde cedo.
O envolvimento infantil na cultura de armas americana é tão comum que, em algumas regiões, as escolas liberam os alunos no primeiro dia da temporada de caça de veados.
A empresa Crickett Firearm é uma das companhias de armas voltadas especificamente para o mercado infantil. O produto batizado de "meu primeiro rifle" tem menos poder de fogo que a versão adulta e é redimensionado para caber em mãos pequenas.
David Prince e sua mulher abriram o estande de tiro Eagle Gun, em Lewisville, no Texas, há dois anos. Eles aceitam crianças a partir de oito anos de idade e já realizaram festas de aniversário infantis no local.
"Queriamos oferecer um lugar seguro, voltado para a família, em que seja possível aprender sobre segurança e armas e onde as crianças possam entrar em contato com as armas", diz Prince.
"Elas vêem armas o tempo todo nos video-games. Precisam saber que as que estão por aí são perigosas."
Sem restrições
Prince ensinou filhos a manusear armas "para desmistificar o assunto" quando eles tinham cinco e seis anos de idade.
Legalmente, ele conta, não há restrições sobre a idade em que uma criança pode aprender a atirar. Isso fica a cargo dos pais.
Ele opina que as crianças são capazes de manusear armas semiautomáticas — como a que foi usada no acidente fatal no Arizona —, desde que tomadas as devidas precauções. Por exemplo, se forem feitas adaptações para minimizar o coice gerado pelo disparo.
Já Dan Baum discorda que as crianças tenham acesso a armamentos como a submetralhadora Uzi. Ele espera que a tragédia gere uma discussão mais ampla sobre armas nos EUA, mas se preocupa com a possibilidade de que o tema seja usado politicamente pelas organizações pró-desarmamento.
"É uma pena que as pessoas assistam a esse vídeo e, com base no que esse instrutor fez, tirem conclusões sobre crianças e armas que sejam aplicadas em uma agenda política pré-concebida", se queixa.
Polarização
Silvio Calabi, autor de The Gun Book for Boys ("O Livro das Armas para Garotos", em tradução livre), acredita que o debate sobre armas nos EUA chegou a um impasse: ficou tão polarizado que os dois lados assumiram posições extremas.
"Algumas pessoas tentam a todo custo negar que haja um problema (com a questão das armas) e daí forçam a barra", opina.
"Se você vai na internet, acha fotos de crianças de cinco anos atirando com metralhadoras. Prefiro acreditar que, em uma situação normal, ninguém, não importa o quão experiente ou entusiasta de armas seja, dê uma arma dessas para uma criança de cinco anos."
Por outro lado, ele acha que quem fica chocado com a ideia de uma criança atirando possivelmente não entende a realidade.
"Essas pessoas imaginam casas onde armas de fogo carregadas ficam jogadas na mesa da sala, e que é só uma questão de tempo antes que algum acidente terrível ocorra e um membro da família seja morto", Calabi afirma.
"A grande maioria das pessoas que atira tem um grande respeito pelas armas, e as guarda em locais trancados", reforça. "Elas consideram as armas equipamentos para diversão, mas entendem o que elas podem causar."
Os filhos de Calabi, que aprenderam a atirar aos 12 anos de idade, não usam mais armas agora que já estão crescidos.
Mas ele acredita que esta decisão só pôde ser tomada depois que eles entenderam o significado de atirar - e de abraçar ou não uma tradição americana.

Jovem investigada por injúria racial irá depor na segunda-feira no RS

Polícia do Rio Grande do sul diz que duas pessoas foram identificadas.
Torcedores xingaram goleiro Aranha, do Santos, em jogo contra Grêmio.


O ato de injúria racial envolvendo o goleiro Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, na última quinta-feira (28), terá um importante capítulo na segunda-feira (1). É quando a polícia do Rio Grande do Sul aguarda Patrícia Moreira para depoimento na 4ª Delegacia de Polícia. Procurada pelo G1, a torcedora não foi encontrada. Além dela, outro torcedor é suspeito do crime.
A jovem foi flagrada gritando "macaco" em direção ao goleiro, aos 42 minutos do segundo tempo, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio. A atitude gerou grande revolta nas redes sociais.
Diretor das delegacias regionais de Porto Alegre, o delegado Cleber Ferreira diz que ainda aguarda imagens da Arena para que a investigação dê passo adiante. Na quinta-feira, a polícia procurou a jovem na própria residência, localizada na Zona Norte de Porto Alegre. No entanto, familiares alegam que a residência da garota foi apedrejada por vizinhos na sexta-feira.
"É para os dois comparecerem na segunda. O que está demorando um pouco é a chegada das imagens no estádio. Precisamos estar em posse do material para ouvir as pessoas", explicou Cleber Ferreira.
De acordo com a polícia, apenas dois foram identificados por ato de injúria racial. Na sexta-feira (29), o Grêmio alegou que cinco torcedores haviam sido apontados pelos xingamentos, sendo que 10 pessoas foram identificadas pelo clube na confusão. Dentro desse grupo, duas foram excluídas do quadro de sócios.
Patrícia Moreira foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Ela era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida.
Torcida pode ser punida
O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul também estima que irá definir em até sete dias se aplicará punições à torcida organizada Geral do Grêmio, de onde partiram os gritos racistas. Em depoimento, o goleiro relatou que as agressões tiveram origem na torcida.
O goleiro Aranha registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre nesta sexta-feira. E voltou a comentar o episódio. "Precisamos combater o racismo enquanto ele ainda está em um nível combatível. E quando falo de racismo é em todas as áreas, todos os gêneros, de raça, de cor, de religião. Temos de ser mais próximos, mais solidários um com um outro, e sempre que percebermos uma atitude ou o início de uma atitude dessas temos de combater desde o começo", disse o jogador.
Aranha reclama de insultos ocorridos na Arena do Grêmio (Foto: Diego Guichard)Aranha reclama de insultos ocorridos na Arena do
Grêmio.
Jogo de volta suspenso
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro Aranha tiveram mais um desdobramento no fim da noite de sexta-feira. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acatou pedido à Procuradoria de Justiça Desportiva e suspendeu o jogo de volta entre as duas equipes, na próxima quarta-feira (3), até que o caso seja julgado. No primeiro duelo, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0.
O julgamento ocorrerá na próxima quarta. O Grêmio responderá por ato de discriminação racial por parte de torcedores, além do arremesso de papel higiênico no gramado e atraso. O clube corre risco de exclusão na Copa do Brasil e multa de até R$ 200 mil. A denúncia se apoia no artigo 243-G (discriminação racial) e no 213 (arremesso de objeto em campo), ambos do CBJD. O clube responde ainda ao artigo 191 por descumprir o regulamento e entrar em campo três minutos após o horário previsto.
Arbitragem também denunciada
Na primeira versão, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não incluiu na súmula da partida menção a atos racistas na Arena. Após analisar as imagens da partida, o juiz colocou um adendo no qual informou ter ficado ciente do caso por meio da imprensa e que ainda fora informado por atletas do Santos. Desta forma, Pereira Sampaio, além dos assistentes Kleber Lúcio Gil e Carlos Berkenbrock e o quarto árbitro Roger Goulart, foram denunciados por infração aos artigos 261-A e 266, ambos do CBJD. Todos estão sujeitos a suspensões de até 90 dias e 360 dias, respectivamente.
O ato de injúria racial partiu da arquibancada posicionada atrás da meta defendida pelo goleiro Aranha, e levou o camisa 1 do Peixe a paralisar a partida, aos 42 do segundo tempo, para reclamar a Wilton Pereira Sampaio. O canal ESPN flagrou uma torcedora gritando "macaco" em direção ao goleiro, atitude que gerou grande revolta nas redes sociais.
Racismo Arena do Grêmio (Foto: Reprodução/ESPN)Jovem foi afastada do trabalho após episódio na 
Arena do Grêmio.
A jovem é um dos dois sócios que serão excluídos do clube e apontada como suspeita pela polícia. Patrícia Moreira foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar, onde prestava serviços de auxiliar de odontologia, sendo funcionária de uma empresa terceirizada. O G1 tenta contato com ela.
Sobre o segundo suspeito de cometer os atos de injúria racial, a polícia informou que não vai divulgar seu nome.
O goleiro Aranha registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre na sexta-feira. "Precisamos combater o racismo enquanto ele ainda está em um nível combatível. E quando falo de racismo é em todas as áreas, todos os gêneros, de raça, de cor, de religião. Temos de ser mais próximos, mais solidários um com um outro, e sempre que percebermos uma atitude ou o início de uma atitude dessas temos de combater desde o começo", disse o jogador.

Mega-Sena acumula e prêmio pode chegar a R$ 46 milhões

Veja as dezenas do concurso 1.631: 04 - 29 - 44 - 47 - 48 - 60. Quina teve 140 acertadores que receberão R$ 26.864,44 cada.



 São Paulo
 
MEGA-SENA
CONCURSO 1631
4 29 44
47 48 60
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas sorteadas no concurso 1.631 da Mega-Sena realizado neste sábado (30), em Pelotas (RS). No próximo sorteio, que vai acontecer na quarta-feira (3) a previsão é que o prêmio chegue a R$ 46 milhões.
Veja as dezenas: 04 - 29 - 44 - 47 - 48 - 60.

A quina teve 140 acertadores e cada um vai levar R$ R$ 26.864,44. Já a quadra pagará R$ 556,25 para cada um de seus 9.659 ganhadores.

Para apostar
A Caixa Econômica Federal faz os sorteios da Mega-Sena duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados. As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 2,50.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ministério Público Eleitoral investiga uso de avião em campanha do PSB

Procurador quer apurar se partido respeitou lei sobre prestação de contas.
Reportagem aponta empresas fantasmas usadas na compra de aeronave.


O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, abriu investigação no Ministério Público para apurar se houve fraude eleitoral por parte do PSB no uso do avião que transportava Eduardo Campos  em campanha e que caiu no último dia 13, provocando a morte do candidato à Presidência da República e de outras seis pessoas.

Janot se baseou em reportagens que apontam que a empresa AF Andrade, que segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é a proprietária da aeronave, teria usado empresas fantasmaspara o pagamento das parcelas do contrato de leasing do avião.

Com a investigação, o Ministério Público Eleitoral irá apurar se o uso do avião respeitava a legislação eleitoral no que diz respeito à prestação de contas parcial da campanha nos gastos com a aeronave. Segundo o PSB informou em nota na última terça-feira, a contabilização dos gastos seria feita somente ao final da campanha, "quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final".
No documento que determina a abertura da investigação, Janot pede que o PSB preste informações sobre o cumprimento da resolução que trata de movimentação financeira de campanha. O procurador também solicita que a Anac informe dados sobre quem é o dono do aeronave e o custo médio da locação. Janot pede, ainda, que o Mistério da Justiça envie para a Procuradoria cópia da apuração da Polícia Federal, ainda em andamento, sobre o avião.

A assessoria de imprensa da campanha presidencial do PSB informou que é favorável a que se investigue tanto as causas do acidente aéreo quanto a legalidade do uso da aeronave. Segundo a campanha, o partido irá colaborar com o Ministério Público Eleitoral prestando as informações desejadas.

Venda de avião
Segundo o procurador, reportagens afirmam que em documentos entregues à PF, o grupo AF Andrade, de Ribeirão Preto, informa ter vendido a aeronave que caiu em Santos (SP) para os empresários de Pernambuco João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola, tendo sido o pagamento realizado mediante 16 depósitos bancários. As transferências totalizaram R$ 1,7 milhão.

Extratos bancários aos quais o Jornal Nacional teve acesso mostram que a AF Andrade recebeu R$ 1.710.297,03 supostamente pagos para comprar o jato. As transferências vieram de 6 pessoas físicas e jurídicas. Entre elas, há empresas mantidas em endereços onde funcionam uma peixaria, uma residência, uma sala vazia e uma casa abandonada em Pernambuco.
Janot completa, ainda segundo reportagens, que os empresários assumiram dívida de R$ 16 milhões com a Cessna, fabricante do avião, e que indicaram duas empresas para substituir a AF Andrade no leasing com a fabricante, mas que elas não foram aprovadas.
O procurador diz também, baseado em reportagens, que o jato começou a ser usado em maio e que depois disso o empresário João Carlos Lyra assinou o compromisso de compra da aeronave.
Prestação de contas parciais
Rodrigo Janot afirma na justificativa da abertura de investigação que as normas eleitorais exigem que os bens doados integrem o patrimônio do doador e sejam produto do próprio serviço. Segundo ele, as regras eleitorais exigem prestação de contas parciais "com a discriminação dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro" em relação às doações.
Como o uso do avião não foi declarado para primeira prestação de contas, o procurador diz ser "atribuição do Ministério Público Eleitoral" zelar pela "estrita observância da aludida norma, especialmente em se tratando de disputa ao cargo de presidente da República".