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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dólar fecha em R$ 2,51 e tem maior alta desde 2005 com eleições

Cotação subiu 1,35% com expectativa de Dilma Rousseff estar a frente nas pesquisas.

Mercado é crítico a intervencionismo do governo na economia.
A cotação do dólar teve alta de 1,35% no pregão desta quinta-feira (23) e fechou em R$ 2,5137. O preço no pregão, segundo a agência de notícias Reuters, é o maior registrado desde 29 de abril de 2005, quando ficou em R$ 2,528.
O resultado ocorre após expectativas de que Dilma Rousseff (PT) poderia aparecer à frente de Aécio Neves (PSDB) nas próximas pesquisas eleitorais, a poucos dias do segundo turno da disputa à Presidência.
O mercado financeiro é crítico à política econômica do governo que interferia demais na economia e faria pouco esforço para cumprir metas como o superávit primário(economia do governo para dívidas de títulos públicos a bancos, por exemplo).
Logo após o fechamento, pesquisas do Datafolha e do Ibope confirmaram as expectativas dos investidores e mostraram Dilma na liderança contra o tucano, fora da margem de erro.
Para o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano, o mercado tem dificuldade para fazer apostas quando a eleição.

— Não sabe para onde atirar agora nesses últimos dias antes das eleições.

A retirada de dólares investidos no Brasil para o exterior faz com que o seu preço caia no País.

As especulações aumentaram o volume de negócios num mercado que tem sofrido com pouca liquidez nas últimas sessões, em meio à cautela eleitoral.

Neste pregão, foram negociados 390 mil contratos de dólar para o mês seguinte, acima da média de outubro. Em comparação, nesta semana até quarta-feira (21) a média diária havia ficado em cerca de 270 mil contratos.
Para o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold, o mercado estaria mudando o modo como especula (faz apostas para ganhar dinheiro).
— Parece que o mercado está alternando entre o modo de especulação, quando o mercado enche, e o modo de prudência, quando o mercado esvazia.
Analistas vêm apontando que o dólar tem enfrentado dificuldade para se sustentar em níveis acima de R$ 2,50, patamar considerado mais alinhado às condições atuais das economias internacional e doméstica.

Câmbio
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 300 contratos para 1º de junho e 3,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a R$ 491 milhões (US$ 196,5 milhões).
O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 76 por cento do lote total, equivalente a R$ 22,1 bilhões (US$ 8,84 bilhões).

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