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sábado, 20 de setembro de 2014

G20 busca crescimento, mas membros divergem sobre estratégia

Cúpula realizada na Austrália teve início neste sábado (20). No encontro serão abordadas 900 propostas de iniciativas políticas.


Delegados se preparam para o início do encontro do G20 na Austrália (Foto: William West/AFP Photo)


Líderes financeiros do G20 continuam empenhados em perseguir o crescimento global mais elevado, mas estão divididos sobre como alcançá-lo, com a Alemanha contrária aos pedidos dos Estados Unidos e de outros para mais estímulo imediatos. A cúpula, realizada na cidade australiana de Carins, teve início neste sábado.
Ao abrir o encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias do mundo neste, o ministro do Tesouro da Austrália, Joe Hockey, delineou uma ambiciosa agenda para impulsionar o crescimento global, deixar o sistema bancário mundial à prova de fogo e fechar brechas fiscais para grandes multinacionais.
"Temos a oportunidade de mudar o destino da economia global", disse Hockey, que em fevereiro lançou uma campanha para adicionar 2 pontos percentuais para o crescimento mundial em 2018 como parte da presidência da Austrália do G20.
Tal meta tem parecido cada vez mais distante, com membros da China ao Japão, Alemanha e Rússia tendo falhado nos últimos meses. Ainda essa semana, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu suas previsões de crescimento para a maioria das principais economias.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu para a zona euro e o Japão fazerem mais para incrementar a demanda e revitalizar a atividade, sinalizando que a Alemanha tem escopo para fazer muito mais, graças ao seu superávit comercial crescente.
Berlim não ficou feliz. "Nós não vamos concordar com estímulos míopes", disse um representante alemão no G20, argumentando que na maioria dos países a dívida ainda era demasiadamente elevada para permitir o aumento dos gastos.
A Alemanha tem estado sob intensa pressão para permitir que a zona do euro alivie a austeridade fiscal para impulsionar sua economia por meio de mais gastos do governo ou cortes de impostos.
Em negociação
Mais de 900 propostas individuais de crescimento foram submetidas e analisados ​​pelas autoridades, disse o ministro das Finanças canadense, Joe Oliver, o co-chefe de um grupo de trabalho do G20 sobre o crescimento. "Acreditamos que essas ações no total - e se implementadas, e que é fundamental - viriam muito perto de 2 por cento", disse ele à Reuters.
O ministro das Finanças francês Michel Sapin estava certamente colocar ênfase no estímulo de curto prazo. "Eu quero repetir e repetir que a preocupação imediata com o curto prazo é muito evidenciada", disse, afirmando que era a sua mensagem aos seus colegas do G20.
"A preocupação imediata é realmente recuperar o crescimento, enquanto o crescimento global em 2014 ainda está deprimido."
Os membros do G20 são a União Europeia, o G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia. O Brasil está representado na Austrália pelo secretário de Relações Internacionais, Carlos Márcio Cozendey.

Também participam da reunião o secretário do Tesouro americano, Jack Lew; o subsecretário de Fazenda do México, Fernando Aportela; o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría; e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, entre outros.

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